https://publicacoes.ifba.edu.br/enlaces/issue/feed Enlaces 2023-12-27T16:06:34+00:00 Comissão Editorial revistaenlaces@ifba.edu.br Open Journal Systems <p style="text-align: justify;">ISSN&nbsp;2675-9810</p> <p style="text-align: justify;">A <em>Enlaces - Revista de Estudos Linguísticos e Literários</em> é uma publicação digital vinculada ao grupo de pesquisa <em>ELiPor - Estudos da Língua Portuguesa: descrição e ensino</em>, desenvolvido no <em>Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia</em>. O periódico busca reunir textos inéditos, sejam eles artigos ou resenhas, na área de Linguística e Literatura, especialmente nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, que contemplem as suas diferentes dimensões de análise: descrição linguística, estudos literários, ensino, interfaces interdisciplinares etc.</p> https://publicacoes.ifba.edu.br/enlaces/article/view/1008 Seguir, verbo auxiliar 2022-11-01T08:45:46+00:00 Odete Pereira da Silva Menon odete.menon@gmail.com <p>Embora a gramaticalização seja um tipo especial de mudança linguística, agem sobre o processo as mesmas condições por que passa qualquer variação: (i) emergência de forma concorrente; (ii) mecanismos de disseminação da forma emergente; (iii) concorrência efetiva entre as formas; (iv) efetivação ou não da variante inovadora; (v) desaparecimento ou especialização da forma desbancada. No caso de verbos, o verbo-fonte pode ou não permanecer como verbo pleno. Este parece ser o caso da transformação do verbo de movimento <strong>seguir</strong> em auxiliar, no português do Brasil (PB), a partir de dados de telejornais. Observando as notícias sobre o estado clínico do candidato Jair Bolsonaro após o atentado que sofreu em comício no período eleitoral (06.09.2018), verificou-se uma expansão no uso de <strong>seguir</strong>, tanto como verbo de ligação como na perífrase de gerúndio, em franca concorrência com os auxiliares estar, ficar e continuar: “Bolsonaro segue hospitalizado” (está/continua). Em relação ao <em>actuation problem</em> (Weinreich, Labov e Herzog, doravante WHL, 1968) constata-se: (i) que os telejornais são favorecedores da implementação de seguir como auxiliar e (ii) que, possivelmente, os participantes das redes sociais atuem na consolidação do verbo pleno: "Me siga na rede!"</p> 2023-08-31T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Odete Pereira da Silva Menon https://publicacoes.ifba.edu.br/enlaces/article/view/974 A ressignificação da música popular brasileira 2023-03-20T14:33:39+00:00 Flávia Nicaele Sousa Silva flavianicaelefs@gmail.com <p>Este trabalho tem como intuito investigar a produção literomusical brasileira como discurso constituinte a partir da ressignificação da Música Popular Brasileira, tendo em vista o discurso dramático-musical contemporâneo. Utiliza-se as discussões teóricas de estudos de Costa (2001; 2012), Charaudeau (2013; 2018), Maingueneau (1995, 2000, 2012, 2018), Menezes (2005), Gonçalves (2014) e Orlandi (1987; 2009) a respeito do discurso constituinte e sobre a Música Popular Brasileira. Com isso, buscamos apresentar o discurso literomusical como discurso constituinte; identificar o discurso dramático-musical como categoria; e descrever um breve cenário acerca da velha e da nova MPB. Em síntese, propõe-se refletir acerca das noções desses discursos a partir da ressignificação da música popular brasileira, tendo em vista a nova MPB. Podemos identificar que o discurso musical brasileiro se constitui de uma heterogeneidade, em que há uma mistura de gêneros, ritmos, posicionamentos e influências a movimentos estrangeiros. A identidade nacional se estrutura da pluralidade de fatores presentes na sociedade, essa identidade, portanto, símbolo do discurso literomusical brasileiro se constitui em sociedade como discurso constituinte. Assim, o discurso constituinte é aquele que se constrói em sociedade e passa a circular como um discurso padrão de uma determinada instituição, configurando a identidade de um grupo.</p> 2023-09-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Flávia Nicaele Sousa Silva https://publicacoes.ifba.edu.br/enlaces/article/view/1051 A Ditongação variável em sílabas tônicas finais travadas travadas pelo arquifonema sibilante /S/ em Seabra (BA) 2023-05-30T14:52:44+00:00 Elias de Souza Santos helyasouza@gmail.com Adriana de Souza Oliveira geometria33775@gmail.com <p>Neste estudo objetivamos analisar a regra variável de formação de ditongos em sílabas tônicas finais travadas por /S/ no falar de Seabra (BA), verificando seu encaixamento linguístico e social à luz da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]). Após coletados de oitiva, os dados foram tabulados e submetidos a modelos de regressão logística com efeitos fixos e mistos, com o auxílio da linguagem de programação denominada R (R CORE TEAM, 2020). Os resultados obtidos com as análises multivariadas, conforme estimativas com valor-p significativo, sugerem que a ditongação na comunidade de fala investigada é desfavorecida pelos falantes com escolaridade média e universitária e pela classe morfológica verbos, no modelo de efeitos fixos, mantendo a mesma correlação no modelo de efeitos mistos, com exceção da classe morfológica verbos.</p> 2023-12-18T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Elias de Souza Santos, Adriana de Souza Oliveira https://publicacoes.ifba.edu.br/enlaces/article/view/1042 A Variação lexical para acessório de cabelo 2023-12-13T12:06:19+00:00 Carina Sampaio Nascimento carinasampaionascimento@gmail.com Marcela Moura Torres Paim marcelamtpaim@yahoo.com.br <p>Neste artigo, desenvolveu-se uma investigação lexical, tomando como base dados do <em>corpus</em> do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), que é um intento de amplitude nacional, na área da Dialetologia e que tem como método a Geolinguística Pluridimensional, que se sustenta em um tripé básico, definido por Cardoso (2010, p. 89), como rede de pontos, informantes e questionários. Selecionou-se uma rede com as localidades do Nordeste brasileiro, utilizou-se uma pergunta, do Questionário Semântico-Lexical – QSL, a 192, “como se chama um objeto fino de metal, para prender o cabelo? Mostrar grampo (com pressão)/ramona/misse” (Comitê Nacional, 2001, p. 37). Contou-se com a contribuição de informantes, estratificados, por sexo, faixa etária e nível de escolaridade. As denominações encontradas, como, por exemplo, <em>misse</em>, <em>grampo</em>, <em>birilo</em>, <em>friso</em>, foram avaliadas numa perspectiva geossociocognitiva, revelando as redes radiais com as formas prototípicas e periféricas relacionadas aos nomes atribuídos para o acessório de cabelo pelos falantes.</p> 2023-12-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Carina Sampaio Nascimento, Marcela Moura Torres Paim https://publicacoes.ifba.edu.br/enlaces/article/view/1082 Conectando palavra e realidade 2023-12-27T16:06:34+00:00 Cristiano Mendes Majewski cristiano.majewski@sou.ufmt.br <p>A poesia de Pedro Casaldáliga é estudada no campo literário, especialmente na poesia engajada e social. O poema "Água ideal" se destaca, com narrativa densa, simbolismos e reflexões sobre a importância da água para humanos e meio ambiente. A análise revela aspectos estéticos, históricos, sociais e ambientais. Abordagem crítica evidencia camadas de significado, conectando-se a estudos contemporâneos como Antropoceno e Colonialidade. Permite também a imersão na complexidade do poema, mostrando sua relação com a sociedade e natureza. Assim, este artigo pretende ampliar os estudos sobre a poesia de Pedro Casaldáliga, destacando sua relevância artística, social, ambiental e mobilizadora perante desafios urgentes.</p> 2023-12-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Cristiano Mendes Majewski https://publicacoes.ifba.edu.br/enlaces/article/view/1007 Perspectivas teórico-conceituais das concepções de leitura 2022-10-07T12:46:50+00:00 Ricardo Ferreira de Sousa ricardof@uft.edu.br <p>A leitura é um requisito muito importante na vida do sujeito, sua prática corresponde a saberes adquiridos e concretizados, em parte, no contexto escolar, sobretudo quando se trata do processo de ensino e aprendizagem, pois, em grande parte, tendem a revelar posturas tradicionais de ensino que repercutem numa formação passiva do leitor. Partindo dessa premissa, angariamos uma discussão teórico-conceitual ligada a três perspectivas de leitura, respectivamente, perspectiva do texto, perspectiva do leitor e perspectiva do autor-texto-leitor, de modo que procuramos evidenciar as concepções de leitura e suas implicações teóricas para o ensino de Língua Portuguesa. O trabalho é realizado a partir dos postulados teóricos definidos pela Linguística Aplicada, na qual concebemos o desenvolvimento da linguagem numa perspectiva sócio-histórica e ideológica, respaldada, sobretudo, pela teoria de Bakhtin e seus seguidores: Fuza, Ohuschi e Menegassi (2011; 2020), Fuza e Menegassi (2017), Menegassi e Angelo (2010), Solé (1998), Leffa (1999) e Geraldi (1997). Desse modo, traçamos este estudo por meio da pesquisa bibliográfica, cunhada pela análise qualitativa, descritiva e interpretativa. As discussões nos levam a perceber que as concepções de leitura se transformaram ao longo dos anos, indo da extração à atribuição e desta à interlocução, ou seja, do texto e do leitor à representação interativa entre texto, leitor e autor. Compreendemos também que as raízes de uma leitura tradicional não levam em consideração as experiências e os conhecimentos do leitor. Por outro lado, mediante o exercício de uma leitura crítica e reflexiva o leitor constitui um movimento vivo e dialogado.</p> 2023-12-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Ricardo Ferreira de Sousa https://publicacoes.ifba.edu.br/enlaces/article/view/1050 A Harmonia vocálica em Sonhém, Iraquara (BA) 2023-09-01T02:51:11+00:00 Elias de Souza Santos helyasouza@gmail.com Caroline de Oliveira Sousa carolineoliveirasousa47@gmail.com <p>Propôs-se com este estudo, sob a égide da Sociolinguística Variacionista (Labov, 2008 [1972]), analisar os efeitos da harmonia vocálica na pauta pretônica posterior /O/, um processo de assimilação regressiva que, conforme Bisol (1981), consiste na mudança da vogal média em alta diante de uma sílaba com vogal alta, em uma amostra da comunidade de fala rural denominada Sonhém, localizada em Iraquara, município brasileiro do estado da Bahia. Os resultados alcançados sinalizam que a distribuição dos dados apresenta significância estatística para as variáveis contexto seguinte, classe gramatical, tonicidade, homorganicidade e faixa etária, com as quais foram propostos dois modelos de regressão logística com preditor binário, um de efeitos fixos e outro de efeitos mistos, os quais não demonstraram diferenças, em termos de estimativas, visto que as correlações se mantiveram em ambos os modelos.</p> 2023-12-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Elias de Souza Santos, Caroline https://publicacoes.ifba.edu.br/enlaces/article/view/1029 Relações de poder e existência autêntica em "As Filhas do Falecido Coronoel", de Katherine Mansfield 2023-12-13T12:05:29+00:00 Moisés Silva de Azevedo Filho moisessaf@gmail.com Clara Morghana Pereira Silva morghanapereira4@gmail.com <p>O presente artigo tem como principal proposta analisar o conto <em>As Filhas do Falecido Coronel</em> (1920), da escritora neozelandesa Katherine Mansfield, sob a perspectiva de existência autêntica com a finalidade de identificar meios de interferência e opressão sociais sobre as protagonistas e, para tal, destacaremos trechos da narrativa em questão para análise. A pesquisa será bibliográfica e de caráter analítico, tendo como aporte teórico pressupostos, sobretudo, de Michel Foucault (1996), para contribuir com as discussões acerca das relações de poder, e de Miroslawa Kubasiewicz (2011), pesquisadora polonesa que lançou mão da ideia de “existência autêntica”, noção em voga em muitas narrativas de Katherine Mansfield. Nossa proposta assume que as protagonistas do conto de Mansfield, as irmãs Constantia e Josephine, adotam papéis sociais impostos a elas devido a relações de poder constituídas no patriarcalismo que as impelem de exercer suas vontades após a morte do pai, ao passo que têm dificuldades em lidar com variados compromissos póstumos.</p> 2023-12-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Moisés Silva de Azevedo Filho