Figuras e figurações do saber no pensamento de Michel Foucault

Autores

  • José Roberto de Oliveira Mestre em filosofia pela PUC-SP. Professor dedicação exclusiva do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – Campus Eunápolis

DOI:

https://doi.org/10.55847/pindorama.v5i05.416

Resumo

Nas análises de Michel Foucault sobre o saber ocidental é possível vislumbrar uma descontinuidade do saber, que o impossibilita de ser visto como algo contendo traços definidos. A indefinição desses traços traz indícios de que, para Foucault, o saber não possui um rosto, mas apenas máscaras, que são trocadas à medida que nascem novas configurações que passam a figurar no palco do conhecimento. O presente artigo buscou seguir o percurso dessas análises, visando encontrar a máscara portada pelo saber no período contemporâneo. Para tanto, tentou-se realizar uma articulação entre alguns escritos de Foucault onde arte, literatura e filosofia se intercalam num jogo de experiências e reflexões típico do pensamento contemporâneo: já não há mais espaço para o jogo das similitudes, próprio do conhecimento renascentista; a representação que dominou toda a idade clássica assumiu uma palidez distanciando-se das distinções; e o homem, principal personagem da modernidade, perdeu o poder de fazer girar em sua órbita todas as outras figurações. Doravante, tanto nas experiências das artes quanto na filosofia (em especial a filosofia de Gilles Deleuze), figuram a indefinição das formas, a impossibilidade da apreensão totalizadora, o desaparecimento do sujeito do conhecimento e a imagem fantasmagórica do pensamento.

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Publicado

2018-02-05

Como Citar

OLIVEIRA, . R. de. Figuras e figurações do saber no pensamento de Michel Foucault. Revista PINDORAMA, [S. l.], v. 5, n. 05, p. 22, 2018. DOI: 10.55847/pindorama.v5i05.416. Disponível em: https://publicacoes.ifba.edu.br/Pindorama/article/view/416. Acesso em: 29 mar. 2024.