MULHERES AFRICANAS E INDÍGENAS, LIDERANÇAS NA SOBERANIA ALIMENTAR E LITERATURA: Ensinos e aprendizagens de possíveis intersecções contra hegemônicas
DOI:
https://doi.org/10.55847/pindorama.v11i1.825Resumo
Trata-se de uma análise de possibilidades de intersecções entre os estudos sobre a presença da mulher negra na literatura, a representação da mulher indígena na sustentabilidade da aldeia e na soberania alimentar dos povos originários. Temas de pesquisa das mestrandas do Programa de Pós Graduação em Ensino e Relações Étnico-raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia. As autoras dessa proposta intencionam destacar que, nos seus diversos nichos de estudo, pode haver inúmeras possibilidades de desenvolver processos de ensino-aprendizagem escolar, numa perspectiva de resistência nessas e dessas inter-relações, e que estas experiências podem contribuir no combate à invisibilidade feminina nessas atuações. Adota-se o método da pesquisa bibliográfica a partir da abordagem de uma certa “fenomenológico - militância afro e indígena”, numa outra concepção de subjetividade intersecional, a ser tratada melhor posteriormente.
Referências
ANDRADE, Aline S. De. Ikhãy’ iré ũg Aksũg: Iẽp Jokana Txihihãe Pataxó ũpú Pataxi Makiame (Lutas e Conquistas: Mulheres Indígenas Pataxó de Aldeia Velha). 2016. 65 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – UFMG, Minas Gerais, 2016.
ANZALDÚA, Gloria. "Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do Terceiro Mundo". Trad. Édina de Marco. Revista Estudos Feministas, v. 8, n. 1, pp. 229-236, 2000.
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. São Paulo: Martin Claret, 2004.
BAILEY, Cristina Ferreira- Pinto. Uma nova iracema: a voz da mulher indígena na obra de eliane potiguara. Revista Iberoamericana, v. LXXVI, n. 230, Enero-Marzo 2010, p. 201-215.
BARROS, Denise C.; SILVA. Denise O.; GUGELMIN, Silvia A. (Orgs.). Vigilância alimentar e nutricional para a saúde Indígena. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, vol. 01, 2007, 260 p. ISBN: 978- 85-7541-587-0. Disponível: http://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/conferencias/Seguranca_alimentar_IV/relatorio_preliminar_4_conferencia_seguranca_alimentar_nutricional.pdf. Acesso em: 19 jun. de 2019.
BRASIL, CONSEA. A Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação Adequada no Brasil: Indicadores e Monitoramento da Constituição de 1988 aos dias atuais. Disponível: http://www4.planalto.gov.br/consea/eventos/plenarias/documentos/2010/resumo-executivo_final_19_11-1.pdf. Acesso: 02 set. 2020.
BRASIL. Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. DECRETO Nº 7.272, DE 25 DE AGOSTO DE 2010. Brasília, DF, 2010.
BRASIL. FUNAI. Seminário Mulheres Indígenas e Segurança Alimentar e Nutricional. Disponível: http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/483-seminario-de-mulheres-indigenas-e-seguranca-alimentar-e-nutricional. Acesso: 01 de nov. 2019.
BRASIL. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm#:~:text=Cria%20o%20Sistema%20Nacional%20de,adequada%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso: 10 out. 2019.
BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União, Brasília, 11 mar. 2008.
BRASIL. Resolução/CD/FNDE nº 3, 11 de Janeiro de 2008. Dispõe sobre a execução do Programa Nacional do Livro Didático. Ministério da Educação, Brasília, 3 de jan. de 2008.
CANDIDO, Antônio. Literatura e Sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011.
LUCIANO BANIWA, Gersem José dos S. Educação para manejo e domesticação do mundo entre a escola ideal e a escola real: Os dilemas da educação escolar indígena no Alto Rio Negro. 2011. 370 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
MUNANGA, Kabengele. Superando o racismo na escola. 2 ed. Revisada. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
PACHECO, Maria Emília. Por Direitos e Soberania Alimentar: falam as mulheres! 2016. Boletim Eletrônico. Disponível: https://racismoambiental.net.br/2016/03/08/por-direitos-e-soberania-alimentar-falam-as-mulheres/. Acesso: 04 nov. 2019.
POTIGUARA, Eliane. Metade cara, metade máscara. São Paulo: Global, 2004.
RAMINELLI, Ronald. Eva Tupinambá. In: DEL PRIORE, Mary (Org.). História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2009. p. 11-44.
REDENUTRI: Rede de Alimentação e Nutrição do Sistema Único de Saúde. Published At: Seg 23 de Maio, 2016 04:29 BRT (2574 Leituras). Disponível Relatório final da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Disponível: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=1516. Acesso: 05 out. 2019.
SALAM, Jashim. ONU marca Dia Internacional das Mulheres Rurais destacando autonomia e igualdade: FAO revela que apenas um quinto das trabalhadoras do campo são donas dessas terras; agência apoiou mulheres rurais de mais de 130 países em dois anos. Home-page. Disponível: https://news.un.org/pt/story/2018/10/1642772. Acesso: 29 out. 2019.
SOUZA, Douglas de. Sou negra ponto final: a poética de Alzira Rufino. Vinhedo: Horizonte, 2020.