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TRABALHO E SAÚDE DAS PROFESSORAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: UMA REFLEXÃO SOB A PERSPECTIVA MARXISTA

Autores

  • Mônica do Nascimento Tavares Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ
  • André Luís Barbosa Estolano da Silveira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Resumo

O artigo analisa as condições de trabalho e os impactos na saúde das professoras do Estado do Rio de Janeiro, a partir da ótica marxista. O estudo sustenta que a precarização do trabalho docente é um fenômeno estruturado pelas relações de gênero e de classe. A metodologia envolve uma abordagem qualitativa, baseada em análise bibliográfica, além de dados empíricos da pesquisa “Trabalho e Saúde de Professoras e Professores no Estado do Rio de Janeiro”, realizada pelo LIEPE (Laboratório de Investigações em Estado, Poder e Educação) que evidenciam a tripla jornada de trabalho vivenciada por essas profissionais – composta pelo trabalho remunerado na escola, pelo trabalho doméstico não remunerado e pelo cuidado familiar. Sob o marco teórico do materialismo histórico, argumenta-se que a divisão sexual do trabalho é fundamental para a reprodução da força de trabalho no capitalismo, naturalizando a desvalorização salarial e as más condições do exercício da profissão, associadas a habilidades consideradas "femininas". Os resultados apontam para um quadro severo de adoecimento físico e mental, incluindo a Síndrome de Burnout, distúrbios osteomusculares e problemas psicológicos, agravados pelo contexto de desigualdade social. Certo é que a saúde das professoras é deteriorada pela interseccionalidade entre a exploração de classe e a opressão de gênero, demandando, portanto, soluções que combatam ambas as dimensões.

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Publicado

2025-11-24 — Atualizado em 2025-11-24

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