A concordância nominal no português rural afro-brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.55847/enlaces.v2i.845Palavras-chave:
Sociolinguística., Variação Linguística, Concordância nominal, Comunidades quilombolas.Resumo
O presente estudo, ainda em andamento, busca compreender o porquê da alta frequência de uso da marca da concordância nominal na fala das comunidades rurais afrodescendentes Jatimane e Laranjeiras, localizadas na Costa do Dendê, Bahia, a partir de dois grupos de fatores condicionantes: a escolaridade e a posição relativa ao núcleo do sintagma nominal. A partir dos pressupostos teóricos e metodológicos da Sociolinguística Variacionista, fundamentada em Labov (2008 [1972]), percebeu-se que os falantes analfabetos têm realizado mais a concordância do que os semianalfabetos, refutando a hipótese inicial de que uma maior escolaridade levaria a mais marcação. Além disso, no que diz respeito à posição relativa, há favorecimento quando o elemento que concorda com o núcleo está na posição anterior, mas não imediato ou imediatamente anterior ao núcleo.
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