PENSANDO CURRÍCULO E ARTE NA ESCOLA: Por entre encruzilhada, macumbização e outros sentidos afro-ameríndios

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55847/pindorama.v12i1.936

Palavras-chave:

Currículo, Arte, Encruzilhada, Macumbização, Pedagogia das Encruzilhadas

Resumo

Este trabalho consiste em refletir sobre alguns dos sentidos do currículo e da Arte na escola, à luz de perspectivas afro-ameríndias, como a macumbização, a pedagogia das encruzilhadas e as práticas performáticas culturais brasileiras. Para tanto, através da abordagem do campo da Filosofia da Ancestralidade, do Currículo, da Arte e dos Estudos da Performance, explana-se e discute-se, compreensiva e propositivamente, algumas das noções sobre currículo, corpo, cultura, macumba, arte e performance, no tocante ao incentivo da incorporação dos saberes-fazeres afro-ameríndios no currículo de Arte, considerando as respectivas linguagens artísticas: dança, música, teatro e artes plásticas. A principal justificativa deste trabalho compreende, sobremaneira, a observância das leis 10.639/03 e 11.645/08. Considera-se as reflexões deste texto numa dimensão antirracista, cuja relevância e seu posicionamento consiste em tensionar algumas das concepções sobre o currículo e o ensino/aprendizado da Arte na escola cujos conteúdos ainda são, restritivamente, euroreferenciados.

 

Biografia do Autor

Leonardo das Chagas Silva, IFBA

Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Dança, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor do Instituto Federal da Bahia (IFBA), Eunápolis, Bahia, Brasil. E-mail: leo.danca@gmail.com.

Referências

AKOLO. Jimo Bolo. O ensino da Arte nas instituições educacionais: a experiência nigeriana. In: BARBOSA, Ana Mae (Org.). Arte/Educação contemporânea: Consonâncias Internacionais. São Paulo: Cortez, 2006, p. 153-162.

ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018.

CARVALHO, Moacyr Ribeiro. Dicionário tupi (antigo) – português. Salvador: Empresa Gráfica da Bahia, 1987. Disponível em: http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Acarvalho-1987 dicionario/Carvalho_1987_DicTupiAntigo-Port_OCR.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2021.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 13ª. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

FORQUIN, Jean Claude. As abordagens sociológicas do currículo: orientações teóricas e perspectivas de pesquisa. In: Educação & Realidade, vol. 21, n. 1, p. 187-198, jan. /jun. 1996. Porto Alegre. Disponível em https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71652/40642. Acesso em: 20 mar. 2020.

GABRIEL, Carmen Teresa; FERREIRA, Márcia Serra; Disciplina escolar e conhecimento escolar: conceitos sob rasura no debate curricular contemporâneo. In: LIBÂNEO, José Carlos; ALVES, Nilda. (Orgs.).Temas de pedagogia: diálogos entre didática e currículo. São Paulo: Cortez, 2012, p. 227-241.

GOODSON, Ivor. Currículo: teoria e história. Petrópolis: Vozes, 1995.

___________. A construção social do currículo. Lisboa: Educa, 1997.

GOMES. Nilma. L. Diversidade étnico-racial: por um projeto educativo emancipatório. In: FONSECA, Marcus Vinícius; SILVA, Carolina Mostaro Neves da; FERNANDES, Alexsandra Borges. (Orgs.). Relações étnico-raciais e educação no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2011. (Série Seminários - Coleção Pensar a Educação, Pensar o Brasil). 216 p.

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a Educação como prática de liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla- São Paulo. 2017. Editora Martins Fontes,2013.

LIGIÉRO. Zeca. Corpo a corpo: estudo das performances brasileiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.372 p.

LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias de currículo. São Paulo: Cortez, 2011.

MACEDO, Roberto Sidnei. Atos de currículo, formação em ato? Ilhéus: Editus: Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, 2011.

________. Currículo: campo, conceito e pesquisa. 7ª ed. atualizada. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

MALOMALO, Bas´Ilele. Macumba, macumbização e desmacumbização. In: SILVEIRA, Ronie Alexsandro Teles da; LOPES, Marcos Carvalho (Orgs.). A religiosidade brasileira e a filosofia. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2016b, p. 132-160.

MUNANGA, Kabengele. Arte afro-barsileira: o que é afinal? Paralaxe: Revista de Estética e Filosofia da Arte. Vol. 6, N.1, p. 05-23, 2019. Disponível em: <file:///C:/Users/Daten/Downloads/46601-134095-1-SM%20(1).pdf>. Acesso em: 20 ago. 2020.

MUNANGA, Kabengele e GOMES, Nilma Lino. Para entender o negro no Brasil de hoje: história, realidades, problemas e caminhos. São Paulo: Global; Ação Educativa, 2004.

OLIVEIRA. Eduardo Davi de. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na filosofia da Educação Brasileira. 2005. 353 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza, 2005. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/36895/1/2005_tese_edoliveira.pdf>. Acessado em: 02 out. 2019.

RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019. 164p.

RUFINO, Luiz; SIMAS, Luiz Antônio. Fogo No Mato: A ciência encantada das macumbas. 1. ed. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

VIDAL, Lux; SILVA, Aracy Lopes da. O sistema de objetos nas sociedades indígenas: arte e cultura material. In: SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (Org.). A temática indígena na escola: novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC; Mari; Unesco, 1995. p. 373-376.

Downloads

Publicado

2021-07-02

Como Citar

SILVA, . das C. PENSANDO CURRÍCULO E ARTE NA ESCOLA: Por entre encruzilhada, macumbização e outros sentidos afro-ameríndios. Revista PINDORAMA, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 21, 2021. DOI: 10.55847/pindorama.v12i1.936. Disponível em: https://publicacoes.ifba.edu.br/Pindorama/article/view/936. Acesso em: 28 mar. 2024.