ENSINO DE HISTÓRIA E MUNDOS DO TRABALHO NA TRANSIÇÃO DOS ENSINOS FUNDAMENTAIS I E II: Uma abordagem a partir da investigação dos modelos mentais
DOI:
https://doi.org/10.55847/pindorama.v11i2.760Palavras-chave:
Ensino de História, Mundos do trabalho, Modelos mentaisResumo
Tendo em vista as constantes transformações vivenciadas no campo de pesquisa da história do trabalho, o artigo apresenta possibilidades de aproximação entre as perspectivas historiográficas recentes e a construção de saberes sobre os mundos do trabalho no Ensino de História na Educação Básica, mais especificamente, na transição dos Ensinos Fundamentais I e II. A investigação dos modelos mentais, em diálogo com diretrizes da BNCC, é apresentada como um instrumento pedagógico facilitador de um processo de ensino-aprendizagem pautado no diálogo entre academia e salas de aula. Considera-se que, diante da precarização das relações de trabalho, das investidas neoliberais no campo da educação, da profusão de narrativas históricas reacionárias e de novos negacionismos propalados por diversos meios de comunicação, essa interlocução seja primordial para uma educação emancipadora, como propõe Paulo Freire.
Palavras-chave: Ensino de História. Mundos do trabalho. Modelos mentais.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação, Brasília, DF: MEC, 2017.
CAINELLI, Marlene. Educação Histórica: perspectivas de aprendizagem da história no ensino fundamental. Educar em Revista, [S.l.], p. p. 57-72, mar. 2006.
CARVALHO JÚNIOR, G. D.; PARRAT-DAYAN, S. Recortes históricos sobre a noção de schème em Piaget: o processo de desenvolvimento de um conceito. Rev. Bras. Estud. Pedagog., Brasília , v. 96, n. 244, p. 522-540, Dec. 2015.
DROPPA, Alisson. et al. História do trabalho revisitada: história, ofícios, acervos. Jundiaí [SP], 2018.
ESCOSTEGUY FILHO, J. C. Batalhas públicas pela história nas redes sociais: articulações para uma educação histórica em direitos humanos. Revista História Hoje, v. 8, n. 15, p. 39-65, 2019.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______. Pedagogia do oprimido. 66. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2018.
FREITAS, L. C. de. Os Empresários e a política educacional: como o proclamado direito à educação de qualidade é negado na prática pelos reformadores empresariais. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 6, n. 1, p. 48-59, ago. 2014a.
______. Os reformadores empresariais da educação e a disputa pelo controle do processo pedagógico na escola. Educ. Soc., Campinas, v. 35, n. 129, p. 1085-1114, dez. 2014b.
FORTES, Alexandre. et al. Cruzando Fronteiras: novos olhares sobre a história do trabalho. São Paulo: Editora Perseu Abramo, 2013.
GARDNER, Howard. A nova ciência da mente. São Paulo: Editora da USP, 2003.
HOBSBAWM, E. J. Mundos do trabalho: novos estudos sobre história operária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
IVIC, Ivan. Lev Semionovich Vygotsky. Recife: Massangana, 2010.
PEDROCHI JUNIOR, Osmar; BURIASCO, R. L. C. de. A avaliação como fio condutor da prática pedagógica. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, v. 20, n. 4, p. 370-377, 2019.
MENESES, Sônia. Uma história ensinada para Homer Simpson: negacionismos e os usos abusivos do passado em tempos de pós-verdade. Revista História Hoje, v. 8, n. 15, p. 66-88, 2019.
PACHECO, Ricardo de Aguiar; ROCHA, Helenice. Quando o ensino vira tema de pesquisa: o ensino de história na pós-graduação em história. Anos 90, Porto Alegre, v.23, n.44, p. 58-83, dez. 2016.
ROUSE, William; MORRIS, Nancy. On looking into the black box: prospects and limits in the search for mental models. Psychological Bulletin, Washington, v.100, n. 3, p. 349-363,1986.
RÜSEN, Jörn. O desenvolvimento da competência narrativa na aprendizagem histórica: uma hipótese ontogenética relativa à consciência moral. In: SCHMIDT, M. A.; BARCA, I.; MARTINS, E. R. (Orgs.). Jörn Rüsen e o ensino de História. Curitiba: Ed. UFPR, 2019.
SCHMIDT, M. A. M. S. Cognição histórica situada: que aprendizagem histórica é esta?. In: SCHMIDT, M. Auxiliadora/ BARCA, Isabel. (Orgs.). Aprender História: Perspectivas da Educação Histórica.Ijuí: Unijuí, 2009.
SILVA, Francisco; SANTOS, Jean; FERNANDES, Márcia. BNCC e o Currículo de História: interpretações docentes no contexto da prática. Currículo Sem Fronteiras, v. 19, p. 1011-1025, 2019.
SILVA, Marcos Antônio da; FONSECA, Selva Guimarães. Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e perdas. Rev. Bras. Hist., São Paulo, v. 30, n. 60, p. 13-33, 2010.
SIMAN, L. M. C.; Coelho. A. R. O papel da mediação na construção de conceitos históricos. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 40, n. 2, p. 591-612, abr./jun. 2015.
TUMA, M. M.; CAINELLI, M. R; OLIVEIRA, S. R. F. de. Os deslocamentos temporais e a aprendizagem da História nos anos iniciais do ensino fundamental. Cad. CEDES, Campinas, v. 30, n. 82, p. 355-367, dez. 2010.
VOSNIADOU, Stella. Capturing and modeling the process of conceptual change. Learning and Instruction, Washington, v.10, n. 4, p. 45-69, 1994.