A financeirização do Cerrado brasileiro:
Impactos socioambientais, dinâmicas econômicas e caminhos para a sustentabilidade
Palavras-chave:
Cerrado. Financeirização. Agroextrativismo.Resumo
O Cerrado brasileiro, reconhecido como uma das savanas mais biodiversas do mundo, enfrenta crescentes ameaças devido ao processo de financeirização, que transforma seus recursos naturais em commodities para o mercado global. Este artigo analisa os impactos socioambientais e econômicos desse fenômeno, marcado pela expansão do agronegócio e das monoculturas, bem como da especulação fundiária – heranças negativas da Revolução Verde – vista que tal fenômeno intensifica a degradação ambiental, a perda de biodiversidade e a exclusão de comunidades tradicionais, problemas que há muito estão presentes na história do Brasil. Dados recentes revelam que o Cerrado superou a Amazônia em taxas de desmatamento, destacando a urgência de ações conservacionistas. Como alternativa, o artigo propõe o agroextrativismo sustentável, exemplificado por iniciativas como da Cooperativa Grande Sertão, que integra saberes tradicionais, geração de renda e preservação ecológica. Conclui-se que políticas públicas robustas, como planejamento territorial, incentivos fiscais e fortalecimento de redes sociotécnicas são essenciais para mitigar os efeitos da financeirização e que a valorização de práticas sustentáveis, bem como a participação comunitária são caminhos viáveis para conciliar desenvolvimento econômico, justiça social e conservação do bioma, garantindo sua resiliência frente às mudanças climáticas e à lógica predatória do capital global.
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