A experiência ética do pensamento crítico diante os desafios da pós-pandemia.
DOI:
https://doi.org/10.55847/artifices.v3i1.986Keywords:
Mãe Terra, Ética, Ecologia de SaberesAbstract
Neste artigo, visam- se analisar os efeitos negativos que o sistema-mundo, formado em 1492, produziu sobre a América Latina envolvendo a condição humana e os recursos naturais. Com isso, a Mãe-Terra, um organismo vivo e poderoso, contra-ataca a humanidade, resultando na contraofensiva dos 95% do reino invisível das bactérias, dos fungos e dos vírus responsáveis pela vitalidade da Terra sobre o ser humano. Assim, abre-se uma nova era geológica, “o antropoceno” como uma etapa de mortes letais em massas. Disso, resulta a necessidade de um novo começo, sendo a ética uma experiência de reflexão acerca do lugar que habitamos (oikos- casa e logos- reflexão), a nossa condição humana é não neutra por excelência, e nos convida a pensar que não podemos voltar a uma nova normalidade, sendo otimistas do progresso do mundo capitalista neoliberal. Não obstante, a ruptura entre ética e política tem gerado sobre a Terra uma ação catastrófica. Ir à busca de um novo começo é relacionar a inteligência racional com a emocional. Assim, por via de uma epistemologia do Sul, rompe-se com o império cognitivo do centro ou com o eurocentrismo, que produz obliterações sobre os saberes, símbolos, rituais e relatos dos povos oprimidos. Por conseguinte, almeja-se, de modo crítico, um novo começo em um futuro pós-abissal, por via da pluralidade epistemológica da ecologia de saberes dos povos que sabem cuidar da Pacha Mama. Dessa forma, teremos uma verdadeira democracia sobre a Terra.
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