A PERMANÊNCIA DO PASSADO E A INEXISTÊNCIA DE UM PROJETO DE PAÍS
DOI:
https://doi.org/10.55847/artifices.v1i1.785Palabras clave:
Brasil contemporâneo, Permanência do passado, Celso Furtado, Caio Prado JúniorResumen
O artigo toma duas análises clássicas - feitas por Caio Prado Júnior (“A formação do Brasil contemporâneo” de 1943) e Celso Furtado (“Formação econômica do Brasil”, 1959) - para pensar a permanência do passado e as causas da inexistência de um projeto efetivo de emancipação do país. Os dois livros, não obstante suas diferenças, confluem para o mesmo diagnóstico de um modelo econômico e social voltado “para fora” (mesmo a formação de um “mercado interno”, a partir da década de 30 do século XX, não irá alterar tal direção geral), isto é, a Europa e, em seguida, os EUA. O Brasil atual possui muitos pontos de continuidade com aquele diagnóstico. Ao não atacar as causas profundas da permanência do passado – enormes desigualdades sociais, violência sistemática contra os pobres, os negros e as mulheres, desrespeito aos direitos dos povos originários, inexistência de serviços públicos universais, entre outros – estamos condenados a repetição do fracasso.
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