Ética, ruptura ontológica e justiça climática:
o balanço ético global (BEG), os painéis climáticos da ONU e os desafios institucionais da COP 30
Palavras-chave:
Mudanças climáticas, Pluralismo epistêmico, Governança ambientalResumo
O artigo analisa criticamente o Balanço Ético Global (BEG), suas bases filosóficas, epistêmicas e institucionais, situando-o no contexto da COP 30 e dos regimes internacionais de governança climática. A investigação combina revisão bibliográfica e análise de conteúdo aplicada a documentos oficiais da Presidência da COP 30 e ao Guia Metodológico do BEG. A primeira parte reconstrói o histórico do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e dos principais tratados de soft law ambientais, identificando a progressiva incorporação de dimensões éticas à governança multilateral. Em seguida, discute-se a ruptura ontológica entre humanidade e natureza no pensamento filosófico do Norte Global e contrapõe-se epistemologias do Sul que propõem formas de integração ecológica, plural e interdependente. A análise evidencia que o BEG representa um esforço inovador de escuta ética e plural, mas enfrenta desafios quanto à efetividade normativa, à institucionalização de seus resultados e à articulação concreta com as decisões internacionais. O artigo conclui que sua relevância dependerá da capacidade de converter princípios éticos em compromissos vinculantes, influenciando políticas climáticas em direção à justiça ecológica e intergeracional.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Acadêmica em Humanidades

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional