SEMIÓTICA IMAGÉTICA E SURDEZ: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DA BIOLOGIA

Autores

  • Yuri Miguel Macedo UFES-UFSB
  • Priscila Félix Almeida

DOI:

https://doi.org/10.55847/ef.v3i7.664

Palavras-chave:

Pedagogia, Surdo, Semiótica

Resumo

A semiótica imagética é um campo de estudo relativamente recente e ainda pouco explorado pela pedagogia surda. Como parte da semiótica geral a semiótica imagética cuida dos signos e suas significações, os quais a pessoa surda constrói e estrutura a partir da perspectiva viso-espacial. Desse modo inclui o campo visual onde a cultura, a língua e também os recursos didáticos para a pessoa surda se inserem. Compreender a semiótica imagética no universo da pessoa surda permitirá à pedagogia utilizar práticas de comunicação e linguagem comuns na comunidade surda com o objetivo de favorecer a aprendizagem de alunos surdos. Os relatos de contribuições da semiótica imagética para o estudo da biologia deixam claro o quanto estes recursos são eficazes para a exposição de conteúdos muitas vezes abstratos e de difícil compreensão. Trata-se de não apenas traduzir em LIBRAS palavras e termos, mas procurar utilizar todo o potencial visual que a LIBRAS possui em sala de aula. Apesar de problemas como pouco conhecimento em LIBRAS por parte do professor regente, desconsideração das trajetórias únicas e muitas vezes fragmentadas de tantos alunos surdos, planejamentos realizados exclusivamente pra os ouvintes, dentre tantos outros, o uso da semiótica tem potencial transformador, se pensarmos no quanto a comunicação entre tradutores/ intérpretes e surdos ganha em eficácia. O presente estudo pretende contribuir lançando mais uma pequena luz sobre essa questão, dentre tantas outras que merecem atenção no universo da pedagogia surda.

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Publicado

2020-12-07

Edição

Seção

Resenhas e Reflexões

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