Para não dizer que não falei das flores: os sujeitos da educação de jovens e adultos e as práticas de letramento linguístico
DOI:
https://doi.org/10.55847/pindorama.v7i07.432Resumen
O objetivo principal com este estudo foi avaliar as práticas de Letramento Linguístico voltadas para os sujeitos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e refletir sobre ações de ensino mais condizentes com a realidade deste alunado, de forma a levá-lo a ocupar, com maior consciência, diferentes lugares a partir dos quais poderá, através da linguagem, interagir socialmente. Esse objetivo se desdobrou no questionamento sobre como ocorrem os movimentos de letramento linguístico nos cursos de Educação de jovens e adultos (EJA) da cidade de Eunápolis-BA, considerando não só a caracterização da proposta curricular ofertada pela rede estadual à EJA Ensino Médio, como também as práticas de letramento vivenciadas por eles e as práticas de ensino realizadas nas aulas de Língua Portuguesa, lócus onde as pessoas pensam e agem de forma situada e onde constroem suas intersubjetividades. Na procura por respostas a essa indagação, optou-se, através da abordagem qualitativa, pelo método da pesquisa-ação. O debate proposto pela pesquisa foi fundamentado em discussões realizadas no âmbito da Linguística Textual, do ensino de Língua Portuguesa e das práticas de letramento. Os resultados nos mostram que a escola se apresenta vulnerável às condições de práticas de escrita destinadas ao aluno da EJA, uma vez que continua a oferecer a esses sujeitos o remedial (acesso à escola) e o instrumental (a alfabetização ou poucas práticas de letramento).