BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM E O SUJEITO QUE SE PRETENDE FORMAR

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.55847/pindorama.v12i1.933

Palabras clave:

BNCC, Sujeito, Política Curricular

Resumen

Este trabalho propõe uma reflexão inicial sobre a noção de sujeito disseminada pelos textos formais que constituem a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), enquanto principal documento que norteia os currículos escolares hoje. Parte do entendimento de que, uma política curricular que busca controlar a produção de sentidos no espaço da escola, traga como pressuposto a ideia de sujeito (cidadão) que se apresenta como um modelo representacional a ser seguido/forjado como um molde único. Com base nos estudos de Hall (1997), Macedo (2006) e Lopes e Macedo (2011), discutimos a impraticabilidade de uma política curricular que seja capaz de cercear todo o campo do sentido, pois os sentidos são livres e incontroláveis. Conclui que a BNCC por mais que se autoproclame como um dispositivo normalizador das práticas docentes, seus objetivos estão fadados ao insucesso, posto a impossibilidade de impedir o fluxo livre dos sentidos.

Biografía del autor/a

Maria Virginia Freire dos Santos Carmo

Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia/UNEB – Campus XVIII. Especialista em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal da Bahia/UFBA. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal do Sul da Bahia/ UFSB. Coordenadora pedagógica da rede pública municipal de Porto Seguro/BA e Santa Cruz Cabrália/BA. Email: virginia.freire@gmail.com.

Marize Pinho Rezende

Graduada em Letras e Pedagogia. Especialista em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica (UFBA). Mestra Em Ensino e Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal do Sul da Bahia/UFSB. Professora e coordenadora pedagógica pela rede pública municipal de Santa Cruz Cabrália. Email: marizerezende@hotmail.com.

Eliana Póvoas Pereira Estrela Brito, UFSB

Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Especialista em Alfabetização e Classes Populares pelo Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia da Pesquisa e Ação (GEEMPA), Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Estado e Sociedade (PPGES) e do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (mestrado profissional) onde pesquisa e orienta trabalhos situados no campo do currículo e das políticas educacionais. Email: elianapovoas.ppger@gmail.com.

Citas

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum. 2017.

______, Lei Nº. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação-PNE e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Brasília, 2014.

______. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.

BALL, Stephen. Global education Inc.: New policy networks and the neoliberal imaginary. New York: Routledge, 2012.

BALL, Stephen. Foucault, power and education. New York: Routledge, 2013.

BAHIA. Secretaria da Educação. Superintendência de Políticas para Educação Básica. União Nacional dos Dirigentes Municipais da Bahia. Documento Curricular Referencial da Bahia para Educação Infantil e Ensino Fundamental. Bahia Salvador: Secretaria da Educação, 2018. 468 p.

FRANGELLA, Rita de Cássia Prazere. Políticas de formação do alfabetizador e produção de políticas curriculares: pactuando sentidos para formação, alfabetização e currículo. Práxis Educativa (Brasil), v. 11, n. 1, p. 107-128, 2016.

HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Educação & realidade, v. 22, n. 2, 1997.

LOPES, Alice Casimiro. Por que somos tão disciplinares? ETD - Educação Temática Digital, Campinas, v. 9, n. esp., p. 201-212, out. 2008.

LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias de currículo. São Paulo: Editora Cortez, 2011.

MACEDO, Elizabeth. Currículo: política, cultura e poder. Currículo sem fronteiras, v. 6, n. 2, p. 98-113, 2006.

______. Base Nacional Curricular Comum: novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para educação. Revista E-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 03 p.1530 – 1555, 2014.

______. Base Nacional Comum para Currículos: direitos de aprendizagem e desenvolvimento para quem? Educação & Sociedade, Campinas, v. 36, n. 133, p. 891-908, 2015.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidades Terminais: As transformações na política da pedagogia e na pedagogia da política. Petrópolis: Vozes, 1996.

______. O currículo como fetiche: a poética e a política do texto curricular. 1 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.

______. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

Programa de Elaboração e Reelaboração dos Referencias Curriculares movimenta a Bahia. http://undimebahia.com.br/site/2020/05/19/formadores-territoriais-mobilizam-equipes-nos-municipios-baianos. Acesso em: 08 de jun. 2021.

Publicado

2021-07-02

Cómo citar

CARMO, . V. F. dos S.; REZENDE, . P.; BRITO, . P. P. E. BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM E O SUJEITO QUE SE PRETENDE FORMAR. Revista PINDORAMA, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 12, 2021. DOI: 10.55847/pindorama.v12i1.933. Disponível em: https://publicacoes.ifba.edu.br/Pindorama/article/view/933. Acesso em: 22 dic. 2024.